21 janeiro 2015

Resenha - Para Sempre Alice




Livro: Para Sempre Alice

Autor (a): Lisa Genova

Editora: Nova Fronteira

Ano: 2009

Páginas: 283

Sinopse: Aos 50 anos, Alice começa a esquecer. No início, coisas sem importância, como o lugar em que deixou o celular, até que, um dia, ela se perde a caminho de casa. Um diagnóstico inesperado altera para sempre sua vida e sua maneira de se relacionar com a própria família e o mundo. E, quando não há mais certezas possíveis, só o amor sabe o que é verdade.

Quando terminei de ler esse livro, sentia como se um buraco tivesse sido aberto em meu peito. Um buraco bem profundo. Eu não conseguia parar de pensar nele, e provavelmente qualquer pessoa, após chegar à última página, não conseguiria parar de pensar.


Para Sempre Alice conta a história de Alice Howland, uma doutora em psicologia da Universidade de Harvard, profissional bem-sucedida, competente e respeitada em sua área, sempre exerceu controle sobre absolutamente tudo, jamais se esquecia de algo, até que um dia, ao sair de casa para caminhar, não soube o caminho de voltar. Era uma doença. Era o infame e destruidor mal de Alzheimer.

Acompanhar a luta de Alice contra a perda de sua identidade e pensar nas pessoas cujas memórias pouco a pouco vão se desintegrando, nos enche de uma enorme tristeza. Ver toda uma existência dia após dia transformando-se em retalhos, se apagando, desaparecendo, até não sobrar absolutamente nenhuma lembrança. É como se você deixasse de ter passado, apenas o presente, que amanhã provavelmente deixará de existir também. Alice, que tinha a vida tão perfeita, de repente a vê desmoronar. No livro, fica bem claro o papel que a família deve assumir nesses casos. Por mais impactante que seja, a última coisa que a pessoa com Alzheimer necessita é que a tratem de forma diferente, como uma criança ou um deficiente mental. Ela precisa de apoio, da demonstração de amor daqueles que ela um dia também amou tanto, embora hoje tenha esquecido seus nomes. 

Para Sempre Alice é tão real que a gente se pergunta se nossos esquecimentos podem chegar a ser um sinal.

Não deixem de ler esse comovente livro. Ah, o trailer da adaptação para o cinema vocês conferem abaixo:



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