04 janeiro 2016

Resenha - Minha Julieta




Livro: Minha Julieta
Autor (a): Leisa Rayven
 Editora: Globo Alt
Ano: 2015
Páginas: 350


Sinopse: Alguns amores nunca te deixam ir ...
Cassie jurou que nunca iria perdoar Ethan por quebrar o coração dela, quando eles estavam juntos anos atrás. Ele era seu grande amor, e quando ele se recusou a amá-la de volta, uma parte dela morreu para sempre... ou assim ela pensou. Agora ela e Ethan estão compartilhando um palco da Broadway, e ele está determinado a reconquistá-la. Finalmente ele é capaz de dizer todas as coisas que ela precisava ouvir... mas ela pode acreditar nele? Será que ele realmente mudou, e o que faz com que esta mudança seja diferente de todas as suas outras promessas não cumpridas?
A resposta está em algum lugar do passado, e agora a verdade virá à luz. Cassie voltará a confiar da maneira como ela era antes com Ethan? Ou é tarde demais para estes amantes estrela-cruzados?

Não quero parecer redundante pelo fato de ter dito a mesma coisa quando escrevi sobre Meu Romeu, mas o fato é que estou sendo honestamente sincera quando digo que não consigo expressar com palavras a história de amor da Cassie e do Ethan. Por já conhecer a história, antes mesmo da publicação dos livros, sabia como terminava, mas se engana quem pensa que minhas emoções não ficaram em frangalhos como se eu estivesse lendo pela primeira vez. Meu Deus, autora, que livro avassalador, destruidor e apaixonante é esse?

Minha Julieta é a continuação de Meu Romeu, então não dá para ir muito além nesse livro sem ter lido o primeiro. A narração continua no ponto de vista da Cassie, alternando entre o presente e o passado (6, 5, 4 e 3 anos antes), quando ela e o Ethan estavam na escola de teatro Grove, em Nova York.

De volta após três anos em turnê pela Europa, vemos um Ethan Holt mudado, amadurecido, confiante, seguro de si. Nem de longe lembra o cara volúvel, traumatizado, ciumento, possessivo, irritado, que morria de medo do que sentia pela Cassie. Foi preciso que ele se afastasse para enfrentar os próprios medos, para um dia voltar para Cassie, pedir perdão e voltarem ao mesmo ponto do qual haviam parado. Fácil, não é mesmo? Só que não era. Nem um pouco. E Ethan sabia que não seria. Ele não havia sido o único a mudar. Cassie Taylor também mudara. O medo de se entregar, de viver aquela paixão que consumia as entranhas de sua alma agora tinha se transferido para ela. Ela não conseguia confiar em Ethan, mesmo que ele mostrasse todos os dias que era outra pessoa, mesmo diante de sua promessa que havia voltado para ficar, para sempre. Acontece que ele já havia feito a mesma promessa em outra época e mesmo assim a deixou. Agora ela terá de fazer par romântico e lidar não apenas com um novo Ethan, atencioso e apaixonado, mas também com as lembranças do mesmo homem, quando este destruíra seu coração.

São vários elementos que tornam essa história tão extraordinária. A maneira como a autora faz o paralelo entre passado e presente é tão bem desenvolvida, que você consegue perceber as mudanças, a evolução do amadurecimento do Ethan e da Cassie. E foi maravilhoso fazer essa viagem pelo universo da dramaturgia, conhecer um pouco toda a preparação, os bastidores, nos deixando saber que o teatro vai além de apenas subir no palco e interpretar.

E claro, não poderia deixar de mencionar o relacionamento complicado, perturbado, inconstante e ao mesmo tempo tão único e arrebatador vivido pelos protagonistas. Eles possuem uma química incrível, que foi construída com perfeição e maestria, de uma maneira que poucos autores conseguem desenvolver. Sabe, o tipo de casal de ficção que foram feitos um para o outro, que mesmo que tenham feito tantas burradas, mesmo que você tenha sentido muita raiva, de jeito nenhum consegue imaginar ou torcer que fiquem com outros personagens. Ethan foi feito para a Cassie, e a Cassie foi feita para o Ethan. Não existe a menor possibilidade de ser diferente.


Ambos Minha Julieta e Meu Romeu são de tirar o fôlego, mas a história aqui vai além de cenas quentes de sexo e relações conflituosas. É sobre crescimento, sobre enfrentar os próprios traumas e medos para tornar-se alguém melhor. Às vezes é preciso lutar para encontrar a felicidade e não esperar que ela bata em sua porta. 

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