Livro:
Minha Julieta
Autor
(a): Leisa
Rayven
Editora: Globo Alt
Ano: 2015
Páginas: 350
Sinopse:
Alguns amores nunca te deixam ir ...
Cassie jurou que nunca
iria perdoar Ethan por quebrar o coração dela, quando eles estavam juntos anos
atrás. Ele era seu grande amor, e quando ele se recusou a amá-la de volta, uma
parte dela morreu para sempre... ou assim ela pensou. Agora ela e Ethan estão
compartilhando um palco da Broadway, e ele está determinado a reconquistá-la.
Finalmente ele é capaz de dizer todas as coisas que ela precisava ouvir... mas
ela pode acreditar nele? Será que ele realmente mudou, e o que faz com que esta
mudança seja diferente de todas as suas outras promessas não cumpridas?
A resposta está em
algum lugar do passado, e agora a verdade virá à luz. Cassie voltará a confiar
da maneira como ela era antes com Ethan? Ou é tarde demais para estes amantes
estrela-cruzados?
Não quero parecer
redundante pelo fato de ter dito a mesma coisa quando escrevi sobre Meu Romeu,
mas o fato é que estou sendo honestamente sincera quando digo que não consigo expressar
com palavras a história de amor da Cassie e do Ethan. Por já conhecer a
história, antes mesmo da publicação dos livros, sabia como terminava, mas se
engana quem pensa que minhas emoções não ficaram em frangalhos como se eu
estivesse lendo pela primeira vez. Meu Deus, autora, que livro avassalador,
destruidor e apaixonante é esse?
Minha Julieta é a
continuação de Meu Romeu, então não dá para ir muito além nesse livro sem ter lido
o primeiro. A narração continua no ponto de vista da Cassie, alternando entre o
presente e o passado (6, 5, 4 e 3 anos antes), quando ela e o Ethan estavam na
escola de teatro Grove, em Nova York.
De volta após três anos
em turnê pela Europa, vemos um Ethan Holt mudado, amadurecido, confiante, seguro
de si. Nem de longe lembra o cara volúvel, traumatizado, ciumento, possessivo,
irritado, que morria de medo do que sentia pela Cassie. Foi preciso que ele se
afastasse para enfrentar os próprios medos, para um dia voltar para Cassie,
pedir perdão e voltarem ao mesmo ponto do qual haviam parado. Fácil, não é
mesmo? Só que não era. Nem um pouco. E Ethan sabia que não seria. Ele não havia
sido o único a mudar. Cassie Taylor também mudara. O medo de se entregar, de
viver aquela paixão que consumia as entranhas de sua alma agora tinha se
transferido para ela. Ela não conseguia confiar em Ethan, mesmo que ele
mostrasse todos os dias que era outra pessoa, mesmo diante de sua promessa que
havia voltado para ficar, para sempre. Acontece que ele já havia feito a mesma
promessa em outra época e mesmo assim a deixou. Agora ela terá de fazer par romântico e lidar não apenas com um novo Ethan, atencioso e apaixonado, mas também com as lembranças do mesmo homem, quando este destruíra seu coração.
São vários elementos
que tornam essa história tão extraordinária. A maneira como a autora faz o
paralelo entre passado e presente é tão bem desenvolvida, que você consegue
perceber as mudanças, a evolução do amadurecimento do Ethan e da Cassie. E foi
maravilhoso fazer essa viagem pelo universo da dramaturgia, conhecer um pouco
toda a preparação, os bastidores, nos deixando saber que o teatro vai além de
apenas subir no palco e interpretar.
E claro, não poderia
deixar de mencionar o relacionamento complicado, perturbado, inconstante e ao
mesmo tempo tão único e arrebatador vivido pelos protagonistas. Eles possuem
uma química incrível, que foi construída com perfeição e maestria, de uma
maneira que poucos autores conseguem desenvolver. Sabe, o tipo de casal de
ficção que foram feitos um para o outro, que mesmo que tenham feito tantas
burradas, mesmo que você tenha sentido muita raiva, de jeito nenhum consegue
imaginar ou torcer que fiquem com outros personagens. Ethan foi feito para a
Cassie, e a Cassie foi feita para o Ethan. Não existe a menor possibilidade de
ser diferente.
Ambos Minha Julieta e Meu Romeu são de tirar o
fôlego, mas a história aqui vai além de cenas quentes de sexo e relações
conflituosas. É sobre crescimento, sobre enfrentar os próprios traumas e medos para
tornar-se alguém melhor. Às vezes é preciso lutar para encontrar a felicidade e
não esperar que ela bata em sua porta.
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