27 março 2016

Resenha - Amor Amargo


Livro: Amor Amargo
Autor (a): Jennifer Brown
Editora: Gutenberg
Ano: 2015
Páginas: 256

Sinopse: Último ano do colégio: a formatura da estudiosa Alex se aproxima, assim como a promessa feita com seus dois melhores amigos, Bethany e Zach, de viajarem até o Colorado, local para onde sua mãe estava indo quando morreu em um acidente. O Dia da Viagem se torna cada vez mais próximo, e tudo corre conforme o planejado.
Até Cole aparecer.
Encantador, divertido, sensível, um astro dos esportes. Alex parece não acreditar que o garoto está ali, querendo se aproximar dela. Quando os dois iniciam um relacionamento, tudo parece caminhar às mil maravilhas, até que ela começa a conhecê-lo de verdade…
Em um retrato realista de um relacionamento conturbado, a autora Jennifer Brown – do sucesso A Lista Negra – nos leva até o limite de nossos sentimentos.

Chegando com mais uma indicação do tipo "não acredito que demorei tanto pra ler"! Protelei porque não estava muito na vibe de livros adolescentes, mas quando a leitura engrenou não parei um só momento. Jennifer Brown, também autora de A Lista Negra, demonstra em mais uma obra a primorosa capacidade de abordar temas sérios e delicados.

Os protagonistas aqui são jovens e estão concluindo o ensino médio, mas o assunto dissertado é um retrato real da violência sofrida por milhares de mulheres, exercida por seus parceiros. Alex, Bethany e Zach são melhores amigos e planejam após a formatura fazer uma viagem até o Colorado, local para onde a mãe de Alex estava indo quando morreu em um acidente de carro. Ela precisava de respostas sobre a história de sua decadente família. Os planos seguiam e a formatura se aproximava quando aparece um novo garoto no colégio. Cole era o sonho de qualquer garota: atleta, charmoso, divertido, lindo, e logo demonstra interesse em Alex. Depois de alguns encontros os dois engatam um relacionamento. Só que Alex não contava que Cole na verdade não era o garoto perfeito que aparentava ser. Sua verdadeira personalidade surge e não é nem um pouco bonita.

14 março 2016

[Indicação Especial] Nunca Jamais - Parte 1 (Never never)


Tem coisa mais emocionante do que um livro da Colleen? (não <3). Mesmo escrevendo em parceria com outra autora, Tarryn Fischer, dá para reconhecer seu toque na narrativa, e seu estilo de escrita apaixonante/dramático.

Nunca Jamais é a primeira parte de uma história incrivelmente apaixonante e misteriosa que foi dividida em três partes, todas já publicadas fora do Brasil. Por aqui, a editora Galera vai publicar da mesma forma, em três livros. Sendo assim, já posso descrever facilmente essa primeira parte, como a confusão mais ENVOLVENTE que já li.

Charlie Wynwood e Silas Nash são melhores amigos desde pequenos. Mas, agora, são completos estranhos. O primeiro beijo, a primeira briga, o momento em que se apaixonaram... Toda recordação desapareceu. E nenhum dos dois tem ideia do que aconteceu e em quem podem confiar. Charlie e Silas precisam trabalhar juntos para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com eles e o porquê. Mas, quanto mais eles aprendem sobre quem eram, mais questionam o motivo pelo qual se juntaram no passado.

A trama é palco de um romance sutil e intenso, que apesar de ter ficado em segundo plano nesse volume introdutório, possui altas chances de futuramente ser trabalhado de forma mais ampla. Como o livro possui continuação muita coisa ficou em aberto. Apesar de ter algumas hipóteses com relação ao que está por vir, estou preenchida por uma série de dúvidas que terei que aguardar para sanar (super ansiosa \o/). E tudo que posso dizer sobre o final dessa primeira parte, é que não vejo a hora de descobrir o que está por vir, pois os fatos ainda não esclarecidos prometem nos levar a uma história e tanto. Leiam!

13 março 2016

Resenha - Desejo Proibido


Livro: Desejo Proibido
Autor (a): Sophie Jackson
Editora: Arqueiro
Ano: 2015
Páginas: 411


Sinopse: Primeiro livro de uma trilogia, Desejo proibido é uma história de amor e redenção, de universos distantes que se aproximam e se fundem numa paixão avassaladora. Seu amor é proibido, mas não pode ser ignorado. Katherine Lane nasceu em berço de ouro. Filha e neta de senadores, a bela ruiva de olhos verdes e curvas perfeitas se formou em Literatura e surpreendeu a todos ao decidir dar aulas em uma penitenciária. Mas quando Carter, um detento inteligente e perigosamente sexy, desperta ao mesmo tempo a raiva e o desejo de Kat, ela é forçada a admitir para si mesma que a decisão de lhe dar aulas particulares pode ter sido motivada não pela generosidade, mas sim, pela crescente atração entre os dois. Embora a família e os amigos de Kat temam que a paixão destrua sua carreira e sua vida, tudo o que ela quer é ficar com esse homem que a faz sentir-se completa. Porém, Carter guarda um segredo que tanto pode unir seus destinos para sempre quanto afastá-los de uma vez por todas.

Sabe aquele livro que quando você termina só é capaz de sibilar: “UAU”!  É exatamente o tipo de coisa que você vai dizer após a leitura de Desejo Proibido, que vai te dar aquela ressaca literária.

O romance aqui não chega nem perto de fofinho e bonitinho. Na verdade, é despertado numa situação nada convencional, dentro de um presídio. O enredo é bem construído e viciante, te suga para dentro da história desde a primeira página. Você se conecta rapidamente ao casal protagonista, de tão humanos e imperfeitos que são. Eles te cativam por suas personalidades fortes e sombrias, por serem extremamente determinados e pouco se lixarem com o preconceito que os envolve.

Quando tinha 9 anos de idade, Katherine viu o pai ser atacado por um grupo de bandidos. Ela foi puxada para longe por um garoto encapuzado, que a impediu de assistir o pai ser espancado até morrer e a abraçou enquanto chorava. E mesmo que dezesseis anos tenham se passado, Kat não havia superado tal trauma. A dor jamais a deixou, assim como os pesadelos, tornando-a uma mulher fechada, impávida e de forte personalidade. Ela havia feito uma promessa ao pai, lecionar para ajudar a quem precisa. Formada em Literatura Inglesa, Kat decidiu que dar aulas em um presídio aliviaria o sentimento de dever. Além disso, ela precisava vencer os seus maiores temores, estar perto de homens capazes de burlar a lei. Mas sua decisão não é bem aceita pelos amigos mais próximos, especialmente por sua mãe, que sente um forte preconceito por presidiários, embora Kat não se importe com o que eles pensam. A filha e neta de senadores realmente se orgulha do que faz e ama o tempo que gasta com os alunos presidiários. Até que Carter, um dos presos mais rebeldes da penitenciária, com um temperamento explosivo, entra para a sua turma, e consegue tirá-la do sério com seu comportamento e arrogância. Mas Kat não se deixou ser intimidada e o confronta, deixando-o perplexo por não sentir medo dele. Mas claro que muito disso é tensão sexual! Eles se sentem atraído pelo outro desde que bateram os olhos um no outro. Além disso, Kat percebe que Carter é mais que um homem problemático e um rosto bonito. Ele era inteligente. Por isso, ao descobrir que Carter precisa de ajuda para obter a liberdade condicional, ela se oferece para ser sua tutora. Aos poucos, as aulas de literatura começam a aquecer um pouco o coração de ambos. O problema é que o clima que paira entre eles passa a ser mais que uma relação tutor-aluno. E quando Carter consegue a tal esperada liberdade condicional, do qual deverá continuar a ter aulas com a Kat, resistir ao que sentem pelo outro se torna cada vez mais difícil. Mas difícil mesmo para Carter é esconder um grande segredo que tem a ver com o passado dela e pode mudar tudo entre eles.

12 março 2016

Resenha - A Sereia


Livro: A Sereia

Autor (a): Kiera Cass

 Editora: Seguinte

Ano: 2016

Páginas: 328

Sinopse: Anos atrás, Kahlen foi salva de um naufrágio pela própria Água. Para pagar sua dívida, a garota se tornou uma sereia e, durante cem anos, precisa usar sua voz para atrair as pessoas para se afogarem no mar. Kahlen está decidida a cumprir sua sentença à risca, até que ela conhece Akinli. Lindo, carinhoso e gentil, o garoto é tudo o que Kahlen sempre sonhou. Apesar de não poderem conversar — pois a voz da sereia é fatal —, logo surge uma conexão intensa entre os dois. É contra as regras se apaixonar por um humano, e se a Água descobrir, Kahlen será obrigada a abandonar Akinli para sempre. Mas pela primeira vez em muitos anos de obediência, ela está determinada a seguir seu coração.

Como já havíamos divulgado por aqui antes, A Sereia foi o primeiro livro da Kiera Cass, que decidiu melhorá-lo e o relançou esse ano. A autora traz a mitologia das sereias como temática, mas diferentemente de como conhecemos a lenda – metade mulher e metade peixe –, aqui as sereias sequer possuem caudas. A beleza ofuscante e encantadora permanece, assim como o canto doce e fatal. As sereias que nos são apresentadas são jovens comuns, com pernas e tudo mais, que viviam e se misturavam entre os humanos. Mas era necessário se passarem como mudas, viver em constante silêncio, para protegê-los de suas vozes letais. O que só demonstrava que apesar da condição sobre-humana não eram criaturas perigosas, mas ambíguas, pois tinham um bom coração e não eram malignas por opção.

O livro acompanha a história de Kahlen, que havia sido transformada sereia há oitenta anos. E mesmo depois de tantos anos sendo devota à Água, ela não conseguiu se acostumar com a missão: quando convocada, tinha que se juntar às outras sereias para atrair com seu canto pessoas ao mar até que estas morressem afogadas. O sofrimento e a culpa por carregar tantas mortes era mais sentida por Kahlen que pelas outras, consideradas suas irmãs. Ela não via a hora de sua sentença terminar e ter a vida de humana novamente. O fardo que carregava tornou-se ainda mais pesado quando Kahlen conhece Akinli, a única pessoa que a fez se sentir normal em quase cem anos. Ele não a ficava encarando ou parecia fascinado por sua beleza e ar misterioso, como a maioria das pessoas, tampouco se importava com o fato de ela não falar. Ele parecia enxergar o que ela realmente era: uma garota de 19 anos, cheia de sonhos e anseios e que também podia amar.