O filme “A Cabana” está em pré-produção
e muito tem se falado da adaptação nas últimas semanas. A obra de William P.
Young é um best-seller americano lançado no Brasil em 2008 e até hoje faz
bastante sucesso. Para quem não conhece a trama, o livro gira em torno de
Mackenzie Allen Philips, o Mack. Ele é casado com Nannete, a Nan, há 33
anos, com quem teve 5 filhos. Mack saíra de casa muito cedo, aos 13 anos,
depois de levar uma surra do pai alcoólatra que o deixou sem andar por duas
semanas. Durante anos falar sobre o pai era difícil.
Mack era um homem discreto, gentil, e
conseguia falar com inteligência sobre praticamente qualquer coisa. Ele gostava
de falar sobre Deus e teologia, embora não fosse muito religioso, mas sua
relação com o Pai é abalada quando sua filhinha caçula, Missy, é sequestrada e
indícios de que ela fora brutalmente assassinada são encontrados em uma cabana.
Para a família de Mack, essa tragédia ficou marcada como a Grande Tristeza.
Anos mais tarde, imerso em um sofrimento
profundo que aparentemente jamais passaria, ao abrir a caixa do correio Mack
encontra um bilhete que dizia: “Já faz um tempo. Senti sua falta. Estarei na
cabana no fim de semana que vem, se você quiser me encontrar. Assinado:
Papai.”. Se era piada ou brincadeira de mau gosto, se era do assassino de
Missy, ou por mais absurdo que parecesse e fosse o próprio Deus (pois 'Papai'
era como sua esposa se referia ao criador), a verdade é que aquele bilhete o
intrigou e dominou seu pensamento dia e noite, noite e dia. Mack precisava
tirar essa história da cabeça, precisava de respostas, e para isso resolve
voltar à cabana. Retornar ao local que representava tanta dor e tristeza mudou
completamente a vida de Mack depois do que ele lá encontra. O seu coração,
antes carregado de raiva e amargura, pela primeira vez após a Grande Tristeza,
finalmente encontra paz de espírito após seu encontro com Deus.
Na época em que li, finalizei o livro
com uma sensação tão boa, de paz. E é por isso que sugiro a quem não leu, que o
faça com a mente aberta, que se deixe envolver pela essência da história,
deixando de lado qualquer barreira religiosa.
A Cabana foi uma leitura instigante.
Proporcionou-me reflexões e trouxe à tona alguns dos meus questionamentos. Não
é um livro sobre religião A ou B, é mais sobre espiritualidade, sobre
encontrar-se a si mesmo. Um relato emocionante sobre a relação de amor de Deus
para com os homens. Um livro cheio de diálogos, que nos ensina que mesmo diante
das tribulações, não percamos a fé, pois Deus não nos abandona. Como todo
livro, há quem ame e odeie. Eu particularmente gostei. Fez-me refletir a
respeito da minha própria fé.
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