13 agosto 2015

Indicação Especial - A Cabana


O filme “A Cabana” está em pré-produção e muito tem se falado da adaptação nas últimas semanas. A obra de William P. Young é um best-seller americano lançado no Brasil em 2008 e até hoje faz bastante sucesso. Para quem não conhece a trama, o livro gira em torno de Mackenzie Allen Philips, o Mack. Ele é casado com Nannete, a Nan, há 33 anos, com quem teve 5 filhos. Mack saíra de casa muito cedo, aos 13 anos, depois de levar uma surra do pai alcoólatra que o deixou sem andar por duas semanas. Durante anos falar sobre o pai era difícil.

Mack era um homem discreto, gentil, e conseguia falar com inteligência sobre praticamente qualquer coisa. Ele gostava de falar sobre Deus e teologia, embora não fosse muito religioso, mas sua relação com o Pai é abalada quando sua filhinha caçula, Missy, é sequestrada e indícios de que ela fora brutalmente assassinada são encontrados em uma cabana. Para a família de Mack, essa tragédia ficou marcada como a Grande Tristeza.

Anos mais tarde, imerso em um sofrimento profundo que aparentemente jamais passaria, ao abrir a caixa do correio Mack encontra um bilhete que dizia: “Já faz um tempo. Senti sua falta. Estarei na cabana no fim de semana que vem, se você quiser me encontrar. Assinado: Papai.”. Se era piada ou brincadeira de mau gosto, se era do assassino de Missy, ou por mais absurdo que parecesse e fosse o próprio Deus (pois 'Papai' era como sua esposa se referia ao criador), a verdade é que aquele bilhete o intrigou e dominou seu pensamento dia e noite, noite e dia. Mack precisava tirar essa história da cabeça, precisava de respostas, e para isso resolve voltar à cabana. Retornar ao local que representava tanta dor e tristeza mudou completamente a vida de Mack depois do que ele lá encontra. O seu coração, antes carregado de raiva e amargura, pela primeira vez após a Grande Tristeza, finalmente encontra paz de espírito após seu encontro com Deus. 

Na época em que li, finalizei o livro com uma sensação tão boa, de paz. E é por isso que sugiro a quem não leu, que o faça com a mente aberta, que se deixe envolver pela essência da história, deixando de lado qualquer barreira religiosa. 

A Cabana foi uma leitura instigante. Proporcionou-me reflexões e trouxe à tona alguns dos meus questionamentos. Não é um livro sobre religião A ou B, é mais sobre espiritualidade, sobre encontrar-se a si mesmo. Um relato emocionante sobre a relação de amor de Deus para com os homens. Um livro cheio de diálogos, que nos ensina que mesmo diante das tribulações, não percamos a fé, pois Deus não nos abandona. Como todo livro, há quem ame e odeie. Eu particularmente gostei. Fez-me refletir a respeito da minha própria fé.

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