10 agosto 2015

Resenha - Para todos os garotos que já amei



Livro: Para Todos Os Garotos Que Já Amei

Autor (a): Jenny Han

Editora: Intrínseca

Ano: 2015

Páginas: 320

Sinopse: Lara Jean guarda suas cartas de amor em uma caixa azul-petróleo que ganhou da mãe. Não são cartas que ela recebeu de alguém, mas que ela mesma escreveu. Uma para cada garoto que amou — cinco ao todo. São cartas sinceras, sem joguinhos nem fingimentos, repletas de coisas que Lara Jean não diria a ninguém, confissões de seus sentimentos mais profundos.
Até que um dia essas cartas secretas são misteriosamente enviadas aos destinatários, e de uma hora para outra a vida amorosa de Lara Jean sai do papel e se transforma em algo que ela não pode mais controlar.

Se você está a procura de um livro fofinho, aqueles típicos romances adolescentes, com paixonites, intrigas e confusões, Para Todos os Garotos que Amei é uma excelente opção. Uma leitura tão agradável e divertida que você lê rapidinho.
O livro narra a vida de Lara Jean, uma adolescente que adorava guardar coisas fora do comum. Seus bens mais preciosos estavam numa caixa de chapéu azul-petróleo. Eram cartas. De ex-namorados? Não. As cartas eram escritas pela própria Lara, para cada garoto que ela amou. Ao todo foram cinco. Lara escrevia secretamente, como se nenhum deles fosse ler algum dia. E na verdade, as cartas não eram de amor. Eram de despedida. Que ela escrevia quando não queria mais estar apaixonada. E gente, o que ela escrevia... algumas coisas eram bem hilárias! Como em uma das cartas, que ela escrevera para um colega de turma que costumava ser seu amigo no Fundamental, Peter Kavinsky, que agora era um dos garotos mais desejáveis do Ensino Médio.


Já que mencionei o Peter, sua aparição acontece quando Lara Jean bate o carro da irmã mais velha, Margot, que havia partido há poucos dias para estudar na Escócia. Ela telefona para Josh pedindo ajuda - namorado da Margot, até ela decidir terminar antes da viagem -, mas enquanto Josh não chega, surge em um Audi preto Peter Kavinsky, um dos cinco garotos que ela amou. Peter demonstra preocupação e oferece ajuda, mas Lara o dispensa educadamente, pois Josh já estava a caminho.
Após a batida, Lara Jean e Josh ficam mais próximos, ele que já era seu amigo muito antes de namorar sua irmã. E essa proximidade acaba resgatando lembranças de uma época em que ambos costumavam ser melhores amigos. O que faz com que Lara Jean perceba que apesar da carta de despedida que escreveu, seus sentimentos por Josh não tinham mudado. Sim, o namorado da sua irmã era um dos cinco. E só de pensar nisso ela se sentia a pessoa mais traíra do mundo. Mesmo tendo gostado do Josh primeiro. E então ela começa a fugir do Josh como o diabo foge da cruz.
Mas a revelação sobre Josh não é a pior coisa que lhe acontece. Seu mundo parece virar de ponta a cabeça quando Peter a encurrala no colégio, segurando uma carta na mão. Era uma das cartas. A que ela esperava que nunca ninguém lesse. Mas Peter havia lido. E o mais estranho de tudo é que ele a recebeu pelo correio. Lara deseja entrar em um buraco e passar o resto de sua vida lá. Especialmente quando ela descobre que sua caixa azul-petróleo havia sumido e que talvez os outros garotos também recebam suas cartas. Inclusive Josh. Fato que se confirma quando o próprio a procura, em busca de explicação. Lara Jean bem que tenta explicar, mas a única coisa que consegue é mentir. Ela diz que está namorando. O Peter Kavinsky. Isso é só o início da confusão, e aí só lendo o livro para saber onde vai dar esse rebuliço.
Eu me diverti muito com as trapalhadas da Lara Jean e apesar de clichê foi uma leitura que me encantou muito. Achei muito fofa a relação da Lara Jean com as irmãs, muito cúmplices e companheiras, e o tempo todo eu ficava preocupada e pensando – assim como a própria Lara Jean – no que aconteceria quando a Margot soubesse de seus sentimentos por Josh. E apesar de eu gostar do Josh, um dos personagens que me surpreendeu foi o Peter.
"Se o amor é como uma possessão, talvez minhas cartas sejam meu exorcismo. As cartas me libertam. Ou pelo menos deveriam."

Fica o aprendizado de que não devemos reprimir nossos sentimentos, que em certos momentos da vida é preciso arriscar mais e sentir medo de menos. Um livro leve, apaixonante, que foca as relações familiares, as amizades e te envolve até o fim. Os personagens me cativaram e me deixaram ansiando pela continuação.

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