Fãs
e simpatizantes da trilogia Cinquenta Tons de Cinza que ainda não tiveram a
oportunidade de conhecer a história sob o ponto de vista do Christian, corram
até a livraria mais próxima de sua casa e adquiram o livro. Vale muito a pena.
Acho
que a maioria das pessoas que acompanhou a saga de Anastasia Steele em expulsar
os demônios que Christian Grey carregava para entregar-se por completo a ela
sentiu contentamento por finalmente saber o que se passava por sua cabeça
durante todo o tempo em que se dedicou a tomar Ana como sua. Acho que era um
desejo coletivo ler a mente desse magnata maníaco por controle. E “Grey"
vem elucidar bastante algumas de nossas dúvidas, especialmente nossa
curiosidade. Se para Ana já era difícil desvendar o que havia por trás da fachada
cinzenta do Christian, imagina para nós, que líamos apenas o lado dela na
história.
Grey
não era apenas um homem dominante, controlador e sádico. Ele era uma alma
atormentada pelo passado. Um homem cuja infância fora corrompida. E se não
bastasse o trauma que carregava, sua iniciação sexual não acontecera da forma
mais comum. Então sim, há bem mais história por trás do todo poderoso homem de
negócios que acha excitante bater, usar bondage, plugues anais e grampos
genitais em suas mulheres.
Em
“Grey", não vemos apenas a versão do Christian para a mesma história
contada no primeiro livro. Conhecemos seus medos, seus traumas, suas angústias.
Acompanhamos a rotina de um homem que é atormentado por pesadelos quase todas
as noites, que paralisa em pavor só com o pensamento de ser tocado por alguém,
e que consegue falar sobre isso apenas com o seu terapeuta. Acompanhamos a luta
de um homem contra sentimentos desconhecidos, que jamais sentira antes,
sentimentos que ele não se considera digno de sentir por alguém, muito menos
que sintam por ele. Um homem com medo de amar e se entregar de corpo e alma.
“Não temos nenhum contrato. No entanto, Ana está aqui. Ao meu lado. O que isso significa? Como devo lidar com ela? Será que vai seguir minhas regras? Esfrego o rosto. Esse é um território inexplorado para mim, está fora do meu controle e é desconcertante."
Então,
não. Cinquenta Tons de Cinza não é só sexo, açoite e chicotadas. Leiam
“Grey" e conheçam a história pela perspectiva desse homem enigmático e
sedutor. Sem arrependimentos, sem julgamentos.
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